A dependência de recursos federais e o endividamento da prefeitura de Salvador foram criticados pelo candidato a prefeito Geraldo Júnior (MDB), em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (18) para a Rádio Antena 1. Ele também chamou o adversário Bruno Reis, atual gestor municipal, de ingrato, por não reconhecer a grande importância da participação do Governo Lula (PT), com o envio de verbas para o desenvolvimento de setores da cidade.
“O prefeito é ingrato com o presidente Lula. Diz que Salvador caminha com as próprias pernas, prefeito? Como, se no ano de 2023 há um rombo, um déficit orçamentário na ordem de 460 milhões? Como, se no primeiro quadrimestre, quase chegando ao primeiro semestre, já está no orçamento um déficit orçamentário de quase 1 bilhão de reais?”, questionou Geraldo.
Na entrevista, o emedebista reafirmou contar com a parceria de Lula, o qual presta apoio à sua candidatura em Salvador, mas também garantiu adotar ações de desenvolvimento que melhorem a economia e a arrecadação municipal. “Nossos especialistas estão estudando o mapa estratégico da Confederação Nacional das Indústrias, que tem um planejamento a médio, a curto e longo prazo”, adiantou. Segundo o candidato da coligação “Salvador pra Toda Gente”, o presidente da República já garantiu linhas de crédito no Banco do Nordeste e no BNDES.
O desempenho das contas de Salvador, o enfraquecimento do comércio e os altos índices de desemprego e desocupação também estiveram em pauta ao longo da entrevista. Segundo Geraldo, Salvador caminha na contramão da situação observada no âmbito federal. “O presidente Lula comemorou a abertura de 1.418.000 empresas de pequeno porte e de microcrédito. E nós não podemos, não temos a oportunidade de comemorar aqui em Salvador, porque as lojas estão fechando, o comércio está fechado”, lamentou.
Como exemplo, Geraldo citou a região que compreende a Barroquinha, a Baixa dos Sapateiros e o Aquidabã. Segundo ele, dos mais de 470 empreendimentos comerciais que existiam na área, cerca de 67 funcionam atualmente. O emedebista também criticou as condições de trabalhos enfrentadas pelos vendedores informais, principalmente nos grandes eventos, e a falta de estímulos ao empreendedorismo.