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set

O candidato à Prefeitura de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), se comprometeu, durante encontro com membros da Advocacia Negra Soteropolitana na noite desta terça-feira (17), a criar ações e políticas públicas para o combate das desigualdades raciais na capital baiana, no modelo do que já tem sido feito pelo Governo do Estado. O emedebista lamentou que, sendo Salvador a cidade com o maior percentual de pessoas negras no país — 83,2%, segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) —, ainda figure como um dos maiores espaços de desigualdade racial do Brasil.

Segundo Geraldo, grande parte desse problema é devido à ineficiência da atual gestão municipal, liderada pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil), em criar políticas para a geração de emprego e renda e para eliminar a pobreza, o que estaria provocando um cansaço e um desalento generalizado na população de Salvador.

“Estamos cansados de ver as desigualdades nas ruas e no desenvolvimento econômico em Salvador. Isso porque uma cidade com ações racistas não combatidas é um lugar fadado ao fracasso. Por isso, Fabya Reis e eu vamos realizar ações e desenvolver políticas públicas para atuar no combate ao racismo e à intolerância religiosa, além de fortalecer as culturas negras e valorizar os povos e comunidades tradicionais de Salvador”, assegurou o candidato do MDB.  

Na oportunidade, os representantes da Advocacia entregaram a Geraldo um documento denominado “Salvador, Cidade Negra”, com um conjunto de soluções para tornar Salvador uma cidade digna e boa para viver, tendo em vista que, hoje, se trata de um local repartido e excludente. “Nós, advogados e advogadas, homens e mulheres, temos o compromisso e um caminho que nos fizeram protagonistas das nossas lutas”, explicou o texto, que tem 27 propostas transversais nas áreas de educação.

Para atestar o compromisso com a pauta, a chapa formada por Geraldo e por Fabya Reis (PT) trouxe para o diálogo alguns pontos centrais do programa de governo da coligação “Salvador Pra Toda Gente”, tais como: incorporar a categoria racial como tema transversal em todas as ações, desde o planejamento até a avaliação das políticas públicas sob responsabilidade da Prefeitura; implementar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN); e desenvolver um Programa de Lideranças Negras na Prefeitura, gerando inclusão, diversidade e funcionários públicos qualificados com formação antirracista.

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